
Resiliência In situ esta ancorada no peso que os corpos femininos transportam em deslocamentos realizados em espaços públicos. Onde o planejamento urbano, somada às opressões de gênero, raça, classe social, e as normatizações dos diferentes usos praticados e estabelecidos em determinados espaços, dificultam a mobilidade.
Quanto peso um corpo feminino transporta em deslocamentos onde a autonomia e integridade são ameaçadas? Que tipo de plasticidade e memória é adquirida por estes corpos após serem submetidos a tensão?
O enrijecer perante ao outro e ao espaço. O peso acrescido diariamente na experiência corporal e psicológica das mulheres que encaram os riscos e desenvolvem estratégias, ainda que limitantes para continuarem a ir e vir.
Praças, prédios, muros, calçadas escuras e olhares que aprisionam o corpo, desenham a cartografia e define o trajeto, a mudança de roupa ou maior gasto com transporte para evitar os labirintos.
O peso da vulnerabilidade, da violência que assume várias formas nas fronteiras simbólicas existentes em espaços urbanos que não foram concebidos por, e nem pensado para, mulheres.
O peso do tempo e do gênero que escorre entre as pernas, que segura, que sustenta, que imobiliza, que retrai, contrai, que impulsiona, faz cair, deixar de ir ou seguir...
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